Clipping

Eles só não inventam lucros

sexta-feira, dezembro 23rd, 2011

Durante décadas, diversos inventores brasileiros criaram produtos de sucesso mundial, mas não ganharam dinheiro com eles. É uma realidade que perdura até hoje
Por Paulo Brito/ Isto É Dinheiro

Quem lê O Mago, biografia de Paulo Coelho escrita por Fernando Morais, encontra uma informação surpreendente na página 81. Não é sobre a vida de Paulo, um dos escritores mais lidos do planeta, mas sobre um tio. Um engenheiro mecânico chamado José Braz Araripe.

O ilustre desconhecido é nada menos do que o inventor do câmbio automático. É verdade que foi a GM quem produziu o primeiro carro “hidramático”, em 1938. Mas só conseguiu desenvolver o câmbio por causa do protótipo e do projeto que Araripe e seu parceiro, Fernando Lemos, venderam à empresa, em 1932.

Até onde Paulo Coelho ficou sabendo, cada um deles ganhou o suficiente para passar o resto da vida em razoável conforto: foram US$ 10 mil, o equivalente hoje a meio milhão de dólares.

Mas raramente os dois são reconhecidos pelo que criaram, tal como vários outros inventores brasileiros (leia quadro). Do cartão telefônico ao Walkman, da radiofonia ao cinema 3D, do avião ao Bina. Pessoas que, além de não terem sido reconhecidas, pouco ou nada obtiveram com aquilo que inventaram.

Apesar disso, seus inventos transformaram o dia a dia de cidadãos do mundo inteiro e ajudaram a impulsionar grandes empreendimentos. A Sony, por exemplo, não se celebrizou por ter lançado o sistema Betamax, mas, sim, porque se tornou a fabricante do Walkman.

A lista de inventores brasileiros cuja autoria deixou de ser reconhecida é grande. Santos Dumont é um desses casos. Para os americanos, por exemplo, quem inventou o avião foram os irmãos Orville e Wilbur Wright, seus compatriotas.
Dumont nunca chegou a fabricar aeronaves ou peças, não transformou seu invento num produto. Os irmãos Wright, sim. Outro exemplo clássico de inventor desconhecido é Andreas Pavel, um alemão que veio para São Paulo aos seis anos de idade.

Foi ele quem primeiro construiu um aparelho para ouvir fitas cassete onde quisesse, usando fones de ouvido. O equipamento, batizado como “Stereobelt”, foi testado na Suíça pela primeira vez em 1972, enquanto ele caminhava sob uma nevasca com sua namorada. Ele tentou vender a ideia a vários fabricantes, mas não conseguiu. Ainda assim, registrou a patente na Itália.

Só depois de 25 anos conseguiu com a Sony um acordo para receber royalties pela patente. Do mesmo modo, o italiano Guglielmo Marconi inventou o rádio, mas seu aparelho só transmitia os bips do código Morse.

Quem inventou o aparelho que transmite voz, ou seja, a radiofonia, foi o padre gaúcho Roberto Landell de Moura, em 1900. Ele chegou a registrar a patente no Brasil e nos EUA, mas não passou desse ponto. Não houve apoio do governo brasileiro sequer para uma experiência de transmissão entre dois navios da Marinha.

Por que isso aconteceu a tantos inventores? A resposta tem vários aspectos, e começa com a falta de conhecimento deles mesmos sobre as diferenças que existem entre uma invenção e um produto destinado ao mercado.

“Todo mundo que inventa alguma coisa acha que vai dar conta da produção e comercialização”, alerta Carlos Mazzei, presidente da Associação Nacional dos Inventores.

Agir sozinho, ele garante, envolve uma possibilidade de fracasso gigantesca. Em 24 anos de contato com essas pessoas, Mazzei concluiu que 95% delas não têm aptidão para se tornar fabricantes: “Quando tentam fazer isso, os inventores acabam se dando mal.”

Mas existe um caminho seguro, de apenas duas etapas, explica o presidente da associação: “A primeira é registrar o invento no Inpi, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A segunda, procurar um bom fabricante”, conclui.

Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, acha que essa questão é complexa para quem inventa: “Por um lado, o inventor tem o saber, mas, por outro, não domina o fazer”, explica. Nas empresas grandes, diz Santos, essa diferença é coberta pelos departamentos de pesquisa e desenvolvimento. “O pré-sal é resultado justamente dessa estratégia’’, acrescenta.

Nélio Nicolai, técnico em eletrônica que em 1977 inventou o identificador de chamadas Bina, não descobriu um bom caminho para seu equipamento. Pior: concluiu que foi lesado pelas empresas com as quais fez parcerias. “Se eu não tivesse sido roubado, só os royalties do Bina em celulares renderiam R$ 4 bilhões por mês ao Brasil”, garante ele.

Seus cálculos se baseiam nos cinco bilhões de aparelhos que usam sua invenção no mundo inteiro. Quando inventou o Bina, Nicolai estava na Telebrasília, mas em 1985 foi demitido.

A razão? Foi porque incomodava seus superiores com “uma invenção que não tinha mercado”, explica. Embora tenha registrado a patente no Brasil e no Exterior, não conseguiu fazer valer os direitos que supunha ter, e muito menos ganhar o que esperava.

Resultado: segundo ele, o Bina foi copiado em todo o planeta. A reação de Nicolai foi abrir processos contra várias empresas do setor. Mas esses processos continuam rastejando pelas prateleiras do Judiciário brasileiro.

Nelson Bardini, engenheiro eletricista que inventou o cartão telefônico, fez justamente o que Mazzei, da Associação dos Inventores, e Santos, do Sebrae, recomendam.

Mas também não teve sucesso. Em 1978, dois anos depois da invenção, foi convidado para trabalhar no Centro de Pesquisas da Telebrás, o CPqD, em Campinas. Então, conta ele, as pressões começaram: “O Ministério das Comunicações pediu que o CPqD desenvolvesse um telefone público que usasse cartão.

Eu sabia como fabricar os cartões, e havia cedido a patente para uma empresa. Pois bem, houve tanta pressão sobre mim e sobre a empresa que cedemos os direitos de fabricação de cartões telefônicos. Posso fabricá-los, mas para outras finalidades ”, diz.

Santos, diretor do Sebrae, lembra que, embora ele tivesse a patente, isso é apenas um dos passos para o sucesso de uma inovação desse tamanho. Para inventores e inovadores, o órgão tem hoje programas capazes de abrir caminhos bem mais seguros que os de Nicolai e Bardini: “A estratégia necessária para levar um invento ao mercado raramente está entre as competências dos inventores. Cientistas não são pessoas que tenham grandes habilidades gerenciais”, conclui.

Hoje, já existe uma legislação específica para proteger e incentivar os inventores e descobridores, explica o presidente do Inpi, Jorge Ávila. É a chamada “lei da inovação”, publicada em 2004.

Depois dela, aumentou muito o número de recursos e financiamentos para apoiar inventores e pesquisadores. Especialmente os de instituições de ciência e tecnologia, como as universidades e os centros de pesquisa.

A grande novidade da lei é que ela exige a criação de núcleos que administrem a transferência de conhecimento dessas instituições para o mercado. “Muitos desses núcleos já estão criados e operando. Estão na PUC do Rio Grande do Sul, na Unicamp, UFRJ, USP e UFMG, por exemplo”, conta Ávila.

Nos últimos anos, ao organizarem as informações sobre patentes, as universidades descobriram que muitas delas, nascidas em seus laboratórios, estavam registradas em nome de professores. “Isso não aconteceu por má-fé”, explica o presidente do Inpi, “mas porque, na época em que elas foram pedidas, não havia estratégias nem estruturas para ajudar esses pesquisadores”, esclarece.

A Unicamp, que registra patentes desde 1984, é uma das instituições que mais entram com pedidos no Inpi (leia quadro). Até a metade de julho deste ano, já havia feito 631 pedidos. A transferência do conhecimento entre os laboratórios e o mercado é feita pelo Inova, departamento dirigido pela engenheira e professora Patrícia Toledo.

Segundo ela, a lei da inovação foi de fato um divisor de águas. “Antes dela, a universidade levou quase 20 anos para pedir o registro de 275 patentes; depois da abertura do Inova, pediu 196 em apenas três anos.”

Quando um pesquisador faz uma descoberta que pode se tornar um produto, entra em contato e o departamento começa a tomar providências: “Primeiro, avaliamos se é possível proteger o invento ou descoberta por meio de patente.

Depois, uma equipe avalia o potencial de mercado e vai às empresas que possam ter interesse naquilo.’’ E, quando a descoberta se transforma em produto, todos ganham: “Os royalties são divididos em partes iguais entre a universidade, o departamento responsável pela pesquisa e o próprio pesquisador”, finaliza.

Novo reitor do ITA defende inovação na agenda pública

sexta-feira, dezembro 23rd, 2011

22/12/2011 – 06h30
Novo reitor do ITA defende inovação na agenda pública
NELSON DE SÁ
ENVIADO A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Especialista em inovação, o novo reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Carlos Américo Pacheco, expõe em entrevista seu projeto para reaproximar a instituição de seu modelo original, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), em que a universidade vai além da educação e avança sobre pesquisa e desenvolvimento, com parceiras com empresas e internacionalização.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, com doutorado em economia pela Unicamp, onde era professor até ser escolhido em seleção pública como novo reitor, Pacheco, 54, foi secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (1999-2002) e participou da elaboração dos projetos que resultaram na criação de 14 fundos setoriais e na Lei da Inovação, de 2004.

Folha – Inovação é a área a que você mais se dedica, anteriormente no Ministério da Ciência e Tecnologia e na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Qual é a sua visão de inovação? O que o ITA e o próprio país devem fazer?

Carlos Américo Pacheco – Inovação passou a ser uma palavra que responde a coisas diferentes, na cabeça de cada um. Vou me restringir àquilo que é inovação no sentido econômico, deixando de lado criatividade e outras dimensões, que também serão muito importantes para o Brasil e para os principais países. Boa parte das políticas ditas de inovação nos países desenvolvidos hoje passam a incorporar inclusive essas outras dimensões. Tenta-se fazer política sobre criatividade, melhor eficiência do setor público, sobre outras coisas, mas eu vou me restringir à inovação no sentido econômico. Ou seja, o que as empresas fazem do ponto de vista de modificações de produtos, processos, serviços que prestam, agregar valor ao que fazem etc. Dentre as várias formas de inovação que as empresas usam está a inovação tecnológica.

A inovação é fundamental para o desenvolvimento, porque grande parte do aumento de produtividade nas economias modernas vem da inovação. Você não consegue fazer um processo de crescimento sustentável, de longo prazo, sem crescimento de produtividade. A produtividade é o que permite aumentar a renda real das pessoas. Você tem que ter produtividade para poder pagar salários maiores. Se pagar salários maiores e não aumentar a produtividade, você vai ficar não competitivo, vai ter deficit comercial. Nós temos um problema no Brasil. O Brasil vai crescer nos próximos anos, por vários efeitos, do pré-sal, das commodities. O mundo vai andar extremamente problemático, mas mesmo assim o Brasil vai crescer, por causa do mercado interno, dos recursos naturais. Mas o perfil do crescimento pode ser melhor ou pior, se a gente conseguir introduzir a inovação tecnológica na agenda pública e privada, sobretudo.

A agenda de inovação é decisiva, porque a gente pode gerar um país melhor. A gente pode viver de renda de commodities e gerar emprego precário, pagar salário mediano, para fazer transferência de renda enquanto durarem as commodities, mas na verdade, se a gente quiser criar uma estrutura mais integrada, uma sociedade melhor, salários reais melhores, vai ter que fazer esse caminho. Ou seja, dada a situação atual e dado que o câmbio tem uma tendência de ficar apreciado pelo excesso de divisas gerado por commodities e no futuro por petróleo, vamos ter que fazer um investimento em inovação tecnológica, para aumentar produtividade. É uma agenda decisiva para o Brasil.

Folha – E como entra o ITA?

Pacheco – Ele tem tudo a ver com isso. O ITA é basicamente uma escola de engenharia, mas é diferente das outras. Ele foi criado com o objetivo de gerar uma indústria aeronáutica. Tem uma coisa muito curiosa, na história do ITA. A história começa com a criação do MInistério da Aeronáutica e depois com um conjunto de lideranças do ministério, sobretudo o marechal Casimiro Montenegro, e a ideia de fazer uma indústria aeronáutica no Brasil. Quando procuram o MIT, ainda na década de 40, eles têm a nítida intenção de fazer uma escola de engenharia para criar uma indústria aeronáutica.

Quando depois o chefe do departamento de engenharia aeronáutica vem ao Brasil, ele produz uma coisa interessantíssima, que é o Relatório Smith. O primeiro reitor é esse professor que era chefe do departamento aeronáutico do MIT e que produz um relatório para a concepção do que seria o Centro Tecnológico de Aeronáutica etc. Ele diz assim, “tem que ter uma escola de engenharia de excelência, mas tem que ter mais: tem que ter o instituto de pesquisa, tem que ter fomento industrial”. Ele desenha o que a gente chama hoje de “cluster”, de arranjo produtivo local. Isso no final dos anos 40, é uma coisa impressionante. Se você for ler aquilo… A gente admira muito, por exemplo, o que Taiwan fez no ITRI (Industrial Technology Research Institute), no parque tecnológico deles, mas aqui, nos anos 40, se desenhou um negócio extremamente agressivo, do ponto de vista de política tecnológica industrial, que é a construção não só de uma escola de excelência, mas de um projeto de indústria.

Então o ITA tem tudo a ver com inovação. Sua concepção não é só educacional, é criar uma indústria. E num certo sentido foi extremamento exitoso, porque gerou a terceira maior empresa aeronáutica no mundo, do ponto de vista de montagem e fabricação de aviões. Temos ainda enormes gargalos na cadeia de fornecedores, vários fornecedores da Embraer são maiores do que ela, mas é um sucesso. É daquelas coisas que soubemos fazer com competência. Desde a sua origem, aquilo foi criado com um objetivo de política industrial, de política tecnológica. De inovação.

Folha – Também na graduação?

Pacheco – Somos uma escola pequena, para o tamanho do Brasil, mas uma escola de excepcional qualidade. Os relatos dos casos dos nossos alunos são interessantíssimos. A Embraer tem um programa com o MIT e recentemente um dos meninos nossos, do quarto ano, foi convidado para fazer um estágio de férias lá. Ele foi e eles o convidaram para fazer o doutorado direto. A gente tem meninos que saem da graduação fazendo doutorado direto em Princeton, tem meninos em Stanford. São talentos de classe mundial, são medalhas de outro nos concursos internacionais de computação, de matemática. No ano passado, pela primeira vez, eles participaram de uma competição tradicional americana sobre foguetes, com escolas de engenharia americanas. Foram financiados pelos próprios alunos, pelo centro acadêmico, e tiraram o primeiro lugar, nos Estados Unidos, que têm o maior número de escolas de engenharia aeronáutica.

É um projeto excepcional. Ao longo da história, ajudamos a construir não só a indústria aeronáutica. Boa parte do que foi feito em telecomunicações no Brasil nasceu na escola, até porque a Unicamp ainda estava surgindo. O centro de pesquisas da Telebras foi criado por gente formada no ITA, na sua grande maioria. O [José Ellis] Ripper foi formado na escola, depois foi para o Bell Labs, voltou para a Unicamp, e boa parte do staff inicial do centro de pesquisas da Telebras era formado no ITA. Tem vários tipos de contribuição em vários setores, não só no aeronáutico. Então, inovação está no nosso DNA e vai estar mais porque, mesmo sendo uma escola de engenharia, precisamos aproveitar ao máximo esses talentos para os desafios que o Brasil tem à frente. Temos que engajar o máximo possível esses jovens em projetos.

Folha – Uma das coisas que se falam sobre o pré-sal é que vai demandar uma quantidade e uma qualidade de engenheiros que o país não tem como fornecer, na estrutura atual. Essa demanda crescente por conhecimento técnico em engenharia, não só do pré-sal, é uma das razões para o projeto de dobrar o número de vagas?

Pacheco – O ITA vai duplicar de tamanho. Isso é muito pouco para a necessidade que o Brasil tem o ITA forma 120 alunos por ano e vai passar a 240 mas é importante fazê-lo. A demanda por engenheiros é muito maior do que isso. Hoje estamos formando no Brasil 35 mil, 40 mil por ano. As estimativas que estão nos planos nacionais são de que a gente precisa dobrar esse número, passar para alguma coisa entre 70 mil e 100 mil por ano. Temos o menor perfil de engenheiros por habitante de todos os países Brics. Vamos ter de fazer um esforço muito grande. Há forte demanda do mercado de trabalho e, se a gente olhar pelo vestibular deste ano, vê que a garotada está respondendo.

O ITA é parte desse esforço, mas uma parte. O nosso foco não é quantitativo. Somos pequenos. Não conseguimos fazer uma expansão enorme por razões que têm a ver com o modelo da escola. Oferecemos alojamento para todos os estudantes, oferecemos refeitório, é tempo integral, os meninos moram no campus. O ITA pode atender e está afinado com essa prioridade do país naquilo que a gente poderia chamar de altíssima qualidade. Temos um volume muito grande de meninos que se inscrevem no vestibular da escola. Este ano fomos a 9.400 inscritos no vestibular, para 120 vagas. É muito difícil, acaba acontecendo que muitos sequer se inscrevem. E já temos hoje um número de alunos que têm nota mínima para entrar e que a gente não chama por não ter vaga. Temos certeza de que vamos fazer a duplicação.

Folha – Mas ela já tem um prazo?

Pacheco – Vamos fazer em alguns anos. Isso vai depender agora do encaminhamento das obras, a partir do ano que vem. Mas a ideia é que a gente, não no próximo vestibular, mas no outro, já consiga dar início. A gente depende de obras, para poder viabilizar. Tem que construir alojamento, refeitório, laboratório etc. Mas essa é inclusive a sinalização da Presidência da República, de que a gente dê prioridade à expansão e acelere o mais que puder. Depende da nossa capacidade de execução dessas obras.

A demanda por engenheiro está crescendo a 8% ao ano. Ela cresce a uma taxa que é duas vezes à do PIB. Na história dos EUA, ela chegou a crescer quatro vezes o crescimento do PIB. Se a gente quiser fazer inovação… Engenheiro é uma mão de obra qualificada para “n” funções. É quem decodifica toda a parte científica para implementar numa empresa. Você usa engenharia não só na área industrial, mas no governo, no setor de serviços. É muito versátil e ajuda muito nesse processo de desenvolvimento do Brasil como um todo. O nosso papel, do ITA, nessa demanda, é ofertar engenheiros capazes de serem líderes de projetos, de assumirem funções de vanguarda. O ITA sempre exerceu isso, na história do desenvolvimento tecnológico do Brasil, seja na Petrobras, seja na Embraer, seja na Telebras, vários presidentes da Telebras foram alunos da escola. Nossa função é preparar esse pessoal.

Folha – O MIT originou o ITA, mas é um modelo diferente. Eles têm, por exemplo, o laboratório de mídia. Você prevê também uma ampliação de foco no ITA?

Pacheco – Nós temos dois alvos na expansão. Um é a expansão física, laboratórios didáticos, que são os laboratórios convencionais de aerodinâmica, física, propulsão, nas várias áreas. Vamos também abrir mais duas áreas de engenharia, para completar o leque que a gente oferece.

Mas é provável que a gente tenha que fazer mais do que simplesmente duplicar o ITA tal como ele existe hoje. Que a gente tenha que fazer uma atualização de como ele atua. Essa atualização tem a ver com coisas que estão acontecendo em várias universidades, no Brasil e fora. Temos um jovem super-talentoso. É um jovem completamente diferente do que éramos 30 anos atrás, que está conectado com o mundo, com as redes sociais, com a internet, mas também porque incentivamos muito que ele faça um estágio no exterior, abrimos espaço durante a graduação. Queremos que esses jovens façam suas pós-graduações nas melhores escolas de engenharia, mas que eles contribuam para o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Para fazer isso, vamos ter que pensar modelos novos de como a escola opera, naquilo que a gente está chamando de despertar a paixão por assuntos tecnológicos de relevância para o Brasil.

Estamos iniciando um conjunto de conversas com empresas de ponta, que têm esforço tecnológico grande no Brasil, para construir com elas um modelo de cooperação novo. Fazemos muitos projetos conjuntos com empresas, laboratórios conjuntos, várias coisas, mas talvez a gente precise repensar um modelo e, aí sim, usar o que o MIT fez com o Media Lab, usar o que estão fazendo em Harvard, em Stanford e em outros lugares do mundo. Engajar os alunos logo no início do curso de graduação, em equipes que envolvam diversos anos, pós-graduandos, professores, gente da indústria, em grandes desafios tecnológicos que o Brasil precisa vencer. Gostaríamos que os nossos alunos se apaixonassem, se encantassem por certos grandes desafios tecnológicos que o Brasil precisa fazer e trabalhassem desde o início naquele campo. Se ele, formado, vai optar por ficar na empresa x ou y, é um problema que ele vai ter que negociar com a empresa, as condições de trabalho que a empresa oferece etc. Mas acho que a gente conseguiria uma taxa maior de êxito se desde o início a gente fomentasse que os alunos se dedicassem a esses grandes desafios. Seja para ele abrir uma empresa nova e virar um grande empresário, seja para ser líder de um projeto dessa natureza na indústria no futuro.

Vamos ter de atualizar a escola usando um pouco o que o MIT faz, o que a Virginia Tech faz, o que a Georgia Tech faz. Uma parte da duplicação é que, dobrando o número de alunos, a gente vai ter massa crítica para pensar um outro modelo de atuação, junto com Petrobras, com Vale, Embraer, Odebrecht, Braskem, com a Telebras e com várias outras empresas. E que a gente construa uma carteira de desafios, em que a gente possa botar equipes, de modo que esses meninos se apaixonem e se dediquem a trabalhar aquilo, em nanotecnologia, em campos que sejam grandes desafios. Que permitam dizer a eles, “olha, você pode trabalhar nisso, você pode criar sua empresa, pode ser um líder num empreendimento na Embraer, na Petrobras”. A gente vai ter que quebrar a cabeça sobre isso.

Folha – Fala-se de uma divisão entre o modelo de inovação com maior presença do Estado, como na Coreia do Sul, e um modelo em que o Estado até está presente, mas em menor proporção, como no americano.

Pacheco – Em qualquer lugar do mundo, o Estado acaba subvencionando o desenvolvimento tecnológico do setor privado. A principal razão é que tem risco alto e o setor privado investe menos do que precisaria investir. Basicamente, uma empresa não consegue retirar todo o retorno do investimento, porque os concorrentes copiam etc. Do ponto de vista mais ortodoxo, você diz que a empresa não consegue se apropriar de todo o retorno do investimento que faz. os concorrentes se apropriam. É como se o retorno social fosse maior que o retorno privado. Isso justifica, mesmo para os economistas mais conservadores, subvencionar o gasto privado em pesquisa e desenvolvimento. E no mundo inteiro não há desenvolvimento tecnológico que não tenha um grande amparo do Estado. Recentemente, aqui, numa visita, o presidente da Boeing afirmou que não entendia a Embraer, porque a Boeing não consegue sobreviver sem as encomendas do Estado americano. É tão caro o desenvolvimento de fronteira nessa área que, na verdade, o investimento inicial é altíssimo, o risco é altíssimo, então você precisa.

Tirando a China, que é um caso completamente particular, aí sim o Estado tem uma presença decisiva, eu vejo que tem dois modelos no mundo que funcionam. Nos dois o Estado é importante. Num, o Estado faz isso com encomendas de governo, como nos EUA. O Estado tem uma enorme importância no desenvolvimento tecnológico, fazendo encomendas para a indústria espacial, aeronáutica. O gasto militar americano é um grande indutor de desenvolvimento tecnológico. E o Estado americano atua também através de um conjunto de institutos de alta qualidade. Atua fortemente na pesquisa básica, com uma estrutura que é ímpar no mundo. Você pega o discurso do Obama, do estado da nação, e ele diz isso claramente. É impressionante a clareza que eles têm de que o Estado tem de criar uma estrutura altamente competente de pesquisa básica e que seja funcional às empresas. E apoiar nas encomendas.

O modelo europeu também é de grande subvenção ao setor privado, mas não feita sob a forma de encomenda. É feita mais sob a forma de editais, pesquisa cooperativa universidade-empresa etc.

Folha – O que o você recomenda para o Brasil?

Pacheco – O que se recomenda no mundo é que se faça um “blend” dos dois. No período recente, a gente construiu um sistema que é parecido com o europeu, com fundos setoriais. Agora, nos últimos poucos anos e sobretudo depois da Estratégia Nacional de Defesa, a gente se aproxima de um “blend” entre os EUA e a Europa. Um pouco por causa das encomendas de submarinos, do cargueiro da Embraer, do satélite geoestacionário. Talvez a gente recupere esse outro lado, das encomendas. Eu acho que, do ponto de vista de políticas de apoio, ainda temos muito a melhorar. Mas, do ponto de vista dos instrumentos, o Brasil tem uma experiência do passado de ter feito muitas coisas. Uma parte importante do sistema estatal foi relevante para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, tanto que todos os casos de sucesso que a gente cita, Embrapa, Petrobras, Embraer, Vale do Rio Doce, foram empresas estatais. Então, acho que a gente sabe fazer. Estamos ainda tentando consolidar um sistema no Brasil.

Folha – Como você imagina aumentar a internacionalização da escola?

Pacheco – Já temos muitos alunos que fazem estágio no exterior, França, EUA. Agora estamos, com o Ciência Sem Fronteira, mandando um conjunto grande de alunos para o exterior, abrimos espaço na grade curricular para que possam passar um período. Nós temos grande interesse. E vamos ter um desafio enorme com a ampliação da escola, um desafio que às vezes as pessoas não imaginam. Vamos ter que contratar 200 professores de altíssimo nível. Vamos ter que trazer gente de fora, mandar gente para fora para se titular. Isso que a gente chama de internacionalização é colaborar de forma mais intensa com os grandes centros de engenharia do mundo, com o MIT de novo, voltar ao início da escola, e com outros, em Stanford, em Zurique. Somos uma escola de classe mundial, pelos alunos que a gente forma, pela demanda e visibilidade que eles têm no mundo. Mas a gente quer muito, na internacionalização, atrair professores brilhantes estrangeiros, que nos ajudem no processo de expansão. O mundo está problemático, tem muita gente talentosa neste momento com dificuldade de se posicionar no mercado, inclusive em função da crise europeia.

Folha – E as parcerias com empresas?

Pacheco – Nisso que a gente chama de cooperação, vamos investir numa coisa que não está no projeto de duplicação, mas estamos conversando com as empresas para dar um passo além. Neste momento vamos cuidar de obra, dinheiro, contratação, para fazer a duplicação. Mas simultaneamente a gente botou na agenda, com todas as empresas com que andamos conversando neste final de ano, um laboratório multiusuário, multifuncional, não como os laboratórios didáticos por disciplina. Provavelmente a gente vai acabar fazendo uma coisa que seja emblemática, no sentido arquitetônico. Não porque quer gastar dinheiro desnecessariamente, mas no sentido de ser uma coisa provocativa, para despertar essas paixões nos alunos. Que faça eles se sentirem aqui como em qualquer lugar de classe mundial. E que mova o imaginário das pessoas, para desenvolver novas empresas, projetos. Provavelmente a gente vai acabar tendo, no processo de expansão, alguma coisa nesse sentido, parecido com o que são esses “innovation centers” que proliferam pelo mundo.

Folha – Não tem arquiteto ainda?

Pacheco – Não, está muito verde. Mas a gente sonha com isso, não pelo desenho arquitetônico, mas porque um dos desafios maiores é conseguir engajar esses jovens excepcionais em grandes desafios para o Brasil. Para fazê-lo, vamos ter que mobilizar a imaginação desses meninos, a paixão por isso. Não é no sentido arquitetônico, mas no sentido de que a gente construa alguma coisa que desperte esse imaginário. Por isso um projeto dessa natureza é necessário.

Bom Dia Pernambuco

segunda-feira, junho 21st, 2010

19º Congresso Brasileiro de Arquitetos

Congresso de arquitetos busca soluções para preservação do meio ambiente

segunda-feira, junho 21st, 2010

Cerca de 3 mil profissionais estão participando do evento, que acontece no Centro de Convenções

Da Redação do pe360graus.com

Congresso reúne, no Centro de Convenções, em Olinda, arquitetos de todo o País. A preservação do patrimônio histórico e do meio ambiente são alguns dos temas que estão sendo discutida no encontro.

“Todos os 3 mil arquitetos que estão no Recife se interessam em discutir a nova cidade, o Brasil do futuro, para que nossas cidades sejam mais sustentáveis. O projeto arquitetônico pode, de fato, ser mais econômico”, falou a presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em Pernambuco, Vitória Andrade.

“O patrimônio, hoje, é visto como oportunidade de negócio. Esse bem é único. As pessoas estão começando a descobrir que pode ser viável a recuperação do patrimônio”, concluiu Vitória.

No evento, também está sendo apresentado um projeto arquitetônico todo feito de plástico. “Fiz uma maquete de um sistema construtivo, com dois novos paradigmas: é o primeiro em plástico, e o primeiro em construção que pode ser totalmente transparente. Ele também permite a utilização de plástico reciclável. Ele é montado todo por justaposição”, falou o professor Reginaldo Marinho.

De acordo com Reginaldo, este é um projeto viável. “Sendo um produto que pode utilizar o plástico reciclável, já tem um ganho econômico enorme. Embora a descoberta já tenha acontecido há mais de 10 anos, não foi implantado em lugar nenhum”, afirmou.

Fonte: Rede Globo Nordeste

Diário de Pernambuco

segunda-feira, junho 21st, 2010

Um destino nobre ao PET

Material considerado vilão do meio ambiente ganha outras aplicações na construção civil
Ana Cláudia Dolores
anadolores.pe@dabr.com.br
Que destino você daria a uma daquelas garrafas descartáveis de refrigerante? O mínimo que um cidadão consciente faria era jogar o material num recipiente próprio para reciclagem. O inventor paraibano Reginaldo Marinho aliou conhecimentos em engenharia, resistência dos materiais e geometria descritiva à responsabilidade com o meio ambiente para dar um fim inusitado ao produto. Ele criou o módulo estrutural Construcell, um prisma triangular transparente que permite o uso do PET – Polietileno Tereftalato, a mesma resina plástica das embalagens de bebidas – e que tem diversas aplicações na construção civil.

Inventor paraibano Reginaldo Marinho mostra uma das aplicabilidades do Construcell Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A.Press

Para entender a criação do inventor, é preciso visualizar uma obra convencional. As faces laterais da peça atuam como vigas, que, comumente, seriam feitas de metal, madeira ou concreto. “Usar o plástico como estrutura é algo inédito no âmbito da construção civil no mundo. Não existe nem literatura, nem normatização para isso ainda”, evidenciou Reginaldo, que há 12 anos se dedica à elaboração desse projeto. Já a face central do prisma triangular corresponde à cobertura, dando lugar a telhas metálicas ou cerâmicas.

Com uma montagem rápida, por utilizar apenas parafusos para unir as peças, os módulos podem ser aplicados como telhados de moradias populares. Um projeto de habitação de baixo custo ainda não executado foi elaborado pelo inventor, em parceria com o arquiteto Aldênio Barreto, do Recife. Para cobrir uma moradia de 40 metros quadrados, seriam retiradas do meio ambiente 12 mil garrafas PET, em média. “Essa é uma solução que pode ser pensada pelos gestores públicos por incrementar uma atividade social, que é a coleta dessas embalagens, e por dar aplicabilidade a um produto que, se não é reciclado, causa sérios danos ambientais”, assinala Reginaldo Marinho.

O prisma é praticamente inquebrável, tanto que suporta o peso de um adulto sobre sua superfície. Essa é uma das vantagens do módulo feito de resina PET em relação ao vidro. “Dá para ter meninos jogando bola por perto que não há risco de o dono da casa ter prejuízo”, brinca o inventor. Como a estrutura pode ser confeccionada com diversos materiais, se feita com policarbonato, transparente ou colorido, é capaz de resistir a disparos de projéteis de calibre 38. Investir na tecnologia pode significar, também, economia na conta de energia. O plástico permite a passagem de luz e ainda não transfere o calor para dentro da casa, por ser um ótimo isolante térmico. Além disso, a estrutura possibilita a aplicação de placas fotovoltaicas, que transformam luz solar em eletricidade.

O invento pode ser um filão na construção de arenas esportivas para a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016, que serão realizadas no Brasil. Isso porque os estádios podem ser cobertos completa ou parcialmente com esse material. “O produto é ideal porque permite a fotossíntese do gramado e ainda isola o ambiente acusticamente. É uma oportunidade que o país tem de mostrar que temos uma solução de engenharia nacional, com tecnologia própria”, sugere. O Construcell ainda será lançado no mercado e, por não estar sendo produzido em escala, não pode ter o preço mensurado.

Entenda o módulo Construcell

O que é?A estrutura é um prisma triangular transparente que permite o uso do PET – Polietileno Tereftalato, a mesma matéria-prima das garrafas plásticas de refrigerante

Como se usa?Na construção civil, substituindo materiais convencionais, como concreto e metal. Pode ser usado na cobertura de casas e até de estádios de futebol

Como se faz?1 – A garrafa PET passa por uma usina de reciclagem, que a transforma em pequenas partículas de resina

2 – Essas partículas são colocadas numa máquina injetora, que vai aquecer o produto até seu ponto de fusão de 250 ºC

3 – A resina já derretida é introduzida num molde, de onde a peça é retirada

O Construcell feito com PET

– Com 20 garrafas PET é possível fazer 1 módulo: um triângulo de 1 kg com lados de 50 cm

– Com 12 mil garrafas PET é possível construir todo o telhado de uma casa popular de 40 metros quadrados

Fonte: Diário de Pernambuco

Portal do Confea

segunda-feira, junho 21st, 2010

Inventor cria estrutura com plástico para garantir eficiência energética

O inventor brasileiro Reginaldo Marinho, natural da Paraíba, é detentor de duas das cinco medalhas de ouro do Brasil em salões europeus de tecnologia. Admirado por engenheiros e arquitetos do mundo inteiro, por ter desenvolvido uma tecnologia de estrutura feita inteiramente com plástico reciclado, está decepcionado com a atenção que recebe em seu próprio país. Por aqui, o inventor espera, há 10 anos, seu elogiado projeto tornar-se realidade, mas mantém esperanças de ver galpões, hangares e até centros de compras serem construídos com seu material, sustentável do ponto de vista ambiental.

A invenção de Reginaldo é um prisma triangular com medidas de 500 milímetros nos lados e de 100 milímetros de altura, feito de uma resina produzida com a reciclagem de garrafas PET. Em cálculos e simulações estruturais, o material mostrou-se extremamente estável. “O material propicia uma sinergia muito grande entre dois fundamentos da estrutura: o arco de compressão e as treliças. No estudo da resistência, levando-se em conta fenômenos como torção, flambagem e peso próprio, por exemplo, o prisma apresentou coeficientes superiores a 2.8, quando o necessário é 1”, conta, com entusiasmo, o paraibano.

Professor da Universidade Federal da Paraíba, aos 18 anos de idade, por notório saber, ele foi o primeiro colocado no edital Prime – Primeira Empresa Inovadora, lançado pela Finaciadora de Estudos e Projetos (Finep). Vai receber R$120 mil para custear recursos humanos qualificados e serviços de consultoria especializada em estudos de mercado, serviços jurídicos, financeiro, certificação e custos, entre outros, durante 12 meses.

“Gostei de ganhar o edital, mas acredito que contratar uma empresa de marketing é o meu menor problema. Preciso de recursos para construir protótipos. Para esse problema, que é crucial, o governo ainda não encontrou solução”, diz. Os prismas de Marinho são estruturas modulares que, quando combinadas, permitem a formação de coberturas cilíndricas sem a necessidade de utilização de estrutura metálica. Outra vantagem do material, que o torna ainda mais sustentável, é, que, por ser totalmente translúcido, consegue capturar a luz externa sem absorver calor para o interior da construção.

“A eficiência energética é a questão central da humanidade atualmente. Além de utilizar a luz natural, há outro aproveitamento importante. Por ser de plástico, o prisma funciona como as duas estruturas necessárias para cobrir as placas fotovoltaicas, utilizadas na captação de energia solar”, explica.

Em um país como o Brasil, que contém áreas com baixa densidade populacional (região amazônica, por exemplo), essas estruturas podem ajudar a fornecer conforto, luz e internet para inúmeras comunidades isoladas. Como também podem ser construídos hangares com os prismas, a própria segurança das fronteiras do país, na região, pode ser reforçada.

Outra aplicação deverá ser em estádios de futebol. A Copa de 2014, no Brasil, é uma oportunidade para a discussão da ideia. “As placas translúcidas permitirão estádios cobertos e não prejudicarão a fotossíntese dos gramados. Um jogo só é bom se tiver um gramado adequado e conforto para os espectadores”, completa.

Marinho, que já possui a patente da invenção, pretende continuar a divulgar o projeto pelo país. Já prepara a documentação necessária para que, uma vez que o protótipo seja construído, poder certificar o material e mudar a aparência e a eficiência energética de muitas construções.

“Será a primeira construção totalmente transparente no mundo. Os estrangeiros estão tentando chegar lá, mas ainda não conseguiram. Construções como o Palácio de Cristal, em Londres, o Estádio Olímpico de Munique, e o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, utilizaram a transparência como elemento lúdico, mas todos possuem elementos metálicos em suas estruturas”, informa.

Thiago Tibúrcio

Assessoria de Comunicação do Confea

Fonte: portal do Confea

Rádio Confea

segunda-feira, junho 21st, 2010
Áudio — Kbytes

COPA DO MUNDO: Inventor paraibano sugere que novos estádios sejam construídos com garrafas PET
24/09/2009

Tempo do áudio – 2min29
LOC/REPÓRTER: Além do futebol bonito dentro dos gramados, outra marca que o Brasil quer deixar no Mundial de 2014 é a de se tornar o primeiro País a promover uma Copa do Mundo totalmente sustentável. O inventor paraibano Reginaldo Marinho tem uma sugestão. Premiado por salões europeus de tecnologia, o inventor defende que os novos estádios sejam construídos a partir de garrafas PET. É o chamado prisma triangular, tecnologia desenvolvida por Reginaldo. O módulo funciona como uma espécie de tijolo de plástico no formato de um triângulo e é feito a partir da resina produzida com a reciclagem das garrafas plásticas. Além de recolher e dar um destino às garrafas, o prisma triangular traz outras vantagens, como explica o inventor.

Fonte: Rádio Confea

Finep considera Fundação PaqTcPB como instituição modelo

segunda-feira, junho 21st, 2010

25/02/2010
“A Fundação PaqTcPB é um modelo a ser seguido”. A declaração foi feita, na manhã de hoje (25), por Marcelo Camargo, coordenador nacional do Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime) da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) durante encontro realizado no auditório da instituição com empreendedores contemplados com o programa.

“É por isso que estamos aqui para validar e consolidar a matriz de indicadores a ser utilizada nas avaliações de todos os agentes operacionais Prime em todo país”. Afirmou o coordenador acrescentando que escolheram o Nordeste e em especial a Fundação PaqTcPB porque “é um agente operacional Prime, considerado um modelo e que tem nos dado muita satisfação em trabalhar, além do mais porque queremos descentralizar as ações do eixo Sul e Sudeste” completou.

Na oportunidade, Marcelo Camargo destacou a competência da diretora geral da instituição, Francilene Garcia, sublinhando sua capacidade de coordenar com excelência um programa com a dimensão do Prime. “A Francilene Garcia é conhecida na Finep como exemplo de excelência em coordenar e pelo que vimos na nossa avaliação todos estão de parabéns, inclusive vocês” disse Camargo aos empreendedores presentes.

De acordo com os técnicos, a partir do dados fornecidos pela Fundação PaqTcPB a respeito das ações desenvolvidas e executadas no Prime eles puderam consolidar com sucesso a matriz que será utilizada para avaliar todos os agentes operacionais em todo o país.

Quanto à interação com os empresários, os técnicos puderam obter um retorno dos mesmos sobre questões pertinentes à liberação dos recursos, prazos, contratação de gestores, entre outros.

O empreendedor Reginaldo Marinho, da Construcell, aproveitou a ocasião para declarar que “nunca o governo federal tinha assumido uma postura como a criação do Programa Prime para apoiar e alavancar o empreendedorismo nacional, nós estamos sendo muito bem assistidos” finalizou.

O que é o Prime

O Prime – Programa Primeira Empresa Inovadora – foi criado pela FINEP para apoiar empresas nascentes inovadoras com até dois anos de existência. No primeiro ano de operação do Prime, cada empresa selecionada poderá contar com R$ 120 mil, em recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos)do Programa de Subvenção Econômica. No segundo ano do Programa, a empresa também poderá se beneficiar de um crédito adicional de mais R$ 120 mil, do Programa Juro Zero. Nesse caso, o financiamento será devolvido em 100 vezes sem juros.

Em quatro anos, o programa deve investir R$ 1, bilhão em cinco mil empresas nascentes. Para este ano, estão previstos recursos de R$ 230 milhões.

Números Prime obtidos pela Fundação PaqTcPB

No decorrer do processo a Fundação PaqTcPB recebeu mais de 200 propostas pré-cadastras oriundas de 12 estados brasileiros. Nesse período, foi contabilizado cerca de 1,5 mi de pessoas alcançadas na fase de prospecção através de visitas técnicas, palestras presenciais, inserção de mídias digitais, acesso ao portal Prime, dentre outros.

Durante a fase de submissão da proposta simplificada, 193 empresas foram inscritas, das quais 112 foram aprovadas e 110 consideradas aptas para a capacitação presencial e virtual oferecida aos empreendedores.

Após todas as fases, 98 foram aprovadas, com destaque para a Paraíba que obteve maior índice de aprovação, com 64 empresas, assim distribuídas: 42 empresas de Campina Grande, 16 de João Pessoa, 2 de Cabedelo, 2 de Patos, uma de Caraúbas e uma de Puxinanã, representando um percentual de 65% do total.

Já os estados do Rio Grande do Norte e Alagoas alcançaram o número de 20 e 08 empresas aprovadas, representando um percentual de 20,4% e 8,2%, respectivamente. Também foram aprovados projetos do Ceará, Rio de Janeiro, e Bahia.

A operação do Programa Prime representa uma injeção de recursos potenciais na economia local. De acordo com os dados fornecidos, o programa vai propiciar oportunidades a 98 gestores de negócios contratados, possibilitando aos mesmos uma nova carreira, movimentando a cifra de R$ 2 milhões investidos em apenas um ano. E como se não bastasse, 300 contratos de consultoria estão previstos além do surgimento de novas consultorias especializadas que fortalecerão um segmento de mercado de interesse que movimentará mais de R$ 6 milhões, também em um ano. O programa também vai favorecer a interação de 600 pessoas conectadas em uma importante rede social, gerando diversas oportunidades de negócios.

TIC lidera empreendimentos aprovados

Tecnologia da Informação e Comunicação é uma das 14 áreas de negócio que liderou, com 61%, os empreendimentos aprovados. Além de Administração, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Tecnologia em Alimentos, Comunicação, Design, Engenharia de Alimentos, entre outras contempladas.

Para Francilene Garcia, os números atingidos no Prime resultam do esforço conjunto de quatro incubadoras (Incubadora Tecnológica de Campina Grande – ITCG, Núcleo de Incubação Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFET-RN, Incubadora de Empresas de Alagoas da Universidade Federal – INCUBAL/UFAL, Incubadora Empresarial Tecnológica da Fundação Educacional Jayme Altavila – IET/FEJAL) e de seus parceiros da Região Nordeste, atuantes no apoio ao empreendedorismo inovador com foco nos Estado da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.

Ela ainda destaca que durante a etapa de avaliação da proposta simplificada, a Fundação PaqTcPB teve a colaboração de 100 avaliadores ad-hocs (65 para o tema inovação e 35 para o tema negócio) gerando mais de 560 pareceres técnicos.

“O empenho dos parceiros foi um ponto bastante importante em todo o processo de avaliação, que contou com a relevante parceria da UFCG, UEPB, UFPB, FACISA, FAPERN, UNIUOL, FIP, SEBRAE/RN, SEBRAE/PB, FIEP e BNB”, enfatizou a diretora.

Fonte: Fundação PaqTcPB

Revista Artestudio

segunda-feira, junho 21st, 2010

Tudo começa com as células


Revolucionário projeto paraibano de construções celulares é selecionado por programa nacional do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O inventor paraibano Reginaldo Marinho propõe uma solução para amenizar os estragos causados pelos terremotos que têm assolado países como o Haiti e o Chile nestes últimos meses: as construções celulares – ou construcell, como ele chama. Através da matemática, ele desenvolveu a ideia de uma estrutura inteiramente em resina plástica e transparente.

Segundo ele, as construções que podem surgir dessa estrutura são as mais variadas, de templos e armazéns a estádios de futebol. “Grandes áreas cobertas sem a intervenção de colunas internas”, afirma Marinho. Além disso, estariam antenadas com as questões ecológicas do momento por serem uma opção de reciclagem do material, como as garrafas pet, por exemplo.

“O sistema apresenta uma morfologia estrutural resultante da sinergia de dois fundamentos importantes da engenharia: as treliças e o arco-de-compressão, que raramente atuam em conjunto”, explica ele, que inventou o sistema há dez anos e desde então vem tentando viabilizar o projeto. “Essa tipologia garante elevada estabilidade estrutural e sendo uma estrutura articulada torna-se muito adequada às áreas sujeitas a terremotos”.

São módulos triangulares de material plástico bem resistentes que se encaixam e são presos por parafusos, os módulos funcionam ao mesmo tempo como estrutura e cobertura, sendo que em alguns casos atuam como parede, quando usa-se o arco de 180º. Dispensam, dessa forma, o concreto ou estruturas metálicas – uma ideia, sem dúvida, revolucionária em se tratando de construções.

O projeto conseguiu ser selecionado pelo Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Mesmo assim, um problema persiste porque a verba diz respeito à organização da empresa, mas não ao desenvolvimento do projeto em si. Por isso, ainda nenhum teste em tamanho natural foi feito, e o que existem são maquetes e projetos para futuras construções.

O invento foi premiado em dois salões, em 2000: o 28º Salon International des Inventions, em Genebra, e o BBC Tomorrow’s World Live, em Londres. Reginaldo Marinho também já apresentou o invento em conferências no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, além do mestrado em Estruturas e da pós-graduação em Arquitetura, ambos da Universidade de Brasília. Seu invento também foi citado por pesquisadores como Alastair Fuad-Luke, autor do EcoDesign Handbook. A Folha de São Paulo também já publicou artigo sobre o invento.

Entre as vantagens das construções celulares, estão a rapidez na montagem, a redução de resíduos da construção, a possibilidade do uso da iluminação zenital (através dos módulos translúcidos) e até conforto estético, acústico e térmico. Marinho já contratou especialistas da Universidade Federal da Paraíba para fazer o cálculo estrutural para executar o protótipo. Seria uma contribuição fundamental para a engenharia e a arquitetura, por um paraibano que chegou a estudar nos dois cursos, mas acabou não concluindo nenhum deles. Marinho preferiu dedicar-se à publicidade, fotografia e ao jornalismo – é, inclusive, membro da Associação Brasileira de Jornalismo Científico. Arte e ciência, juntas.

Texto: Renato Félix
Fotos: Divulgação

Fonte: Revista Artestudio

55ª Reunião Anual da SBPC – Recife 2003

segunda-feira, junho 21st, 2010

16/07/2003 – 17h39m
Pesquisador ‘sem-estande’ mostra invento na SBPC

Pedro Marins, especial para o Globo On Line

RECIFE – Depois dos sem-terra e dos sem-teto, surgiu a figura dos sem-estande na 55ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife. O pesquisador independente Reginaldo Marinho está mostrando em um estande “improdutivo”, devidamente ocupado por ele na Expociência, a mostra de ciência e tecnologia paralela ao evento.

– É uma solução estrutural que combina dois fundamentos da engenharia (o arco de compressão e as treliças) e permite a construção de coberturas para grandes vãos, usando plástico reciclado ou poliuretano à base de mamona – descreve Marinho, diante de um protótipo da invenção.

Como vantagens ele destaca o aumento da segurança, da estabilidade da estrutura, o conforto acústico e a possibilidade de iluminação natural usando módulos translúcidos na coberta. Outra alternativa seria a instalação de placas fotovoltaicas, transformando a parte externa do teto numa usina solar.

Marinho está ocupando um dos estandes que ficaram vagos na Expociência e, quando pode, perambula pelo campus da UFPE mostrando seu invento, em um tipo de exposição itinerante.

– Eu precisava só de 50 centímetros para expor e acabei ficando numa área de quatro metros – comemora.

O pesquisador diz que seu trabalho foi premiado em dois salões de invenções em Genebra, na Suíça, e em Londres, em 2000. Segundo ele, a Petrobras estuda a confecção de um protótipo, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba.

Marinho disse estar em franca campanha para adoção de seu invento em auditórios e estádios que o Rio de Janeiro vai construir para receber os Jogos Panamericanos de 2007. O pesquisador não tem estande, mas tem orgulho – em um bocado de ambição.

Inventor paraibano sugere que novos estádios sejam construídos com garrafas PET

domingo, junho 20th, 2010

Além do futebol bonito dentro dos gramados, outra marca que o Brasil quer deixar no Mundial de dois mil e quatorze é a de se tornar o primeiro País a promover uma Copa do Mundo totalmente sustentável. O inventor paraibano Reginaldo Marinho tem uma sugestão. Premiado por salões europeus de tecnologia, o inventor defende que os novos estádios sejam construídos a partir de garrafas PET. É o chamado prisma triangular, tecnologia desenvolvida por Reginaldo. O módulo funciona como uma espécie de tijolo de plástico no formato de um triângulo e é feito a partir da resina produzida com a reciclagem das garrafas plásticas. Além de recolher e dar um destino às garrafas, o prisma triangular traz outras vantagens, como explica o inventor

“Se as construções, se os módulos forem transparentes, esses módulos podem acolher placas fotovoltaicas. Com isto, nós podemos transformar estas construções em construções limpas e auto-suficientes do ponto de vista energético. E ainda, se os módulos forem translúcidos, ou seja, que passa a luz, mas não passa o raio solar, eles podem ser utilizados em construções para economia da energia luminosa.”

Segundo Reginaldo Marinho, o uso do prisma triangular também ajudaria no processo de manutenção do gramado, já que a luz é parte fundamental no processo de fotossíntese da grama. Reginaldo lembra que a invenção já existe há mais de dez anos e destaca que a solução poderia ser aplicada na construção de outras instalações como galpões, telhados, hangares e ginásios. Contudo, o projeto sempre esbarrou na falta de incentivo.

“Nós não temos uma cultura voltada para o estímulo à produção tecnológica. É como se a cultura brasileira não admitisse que nós brasileiros fôssemos capazes de desenvolver tecnologia inédita no mundo.”

Reginaldo Marinho aponta que nestes dez anos a única instituição que apoiou o projeto foi o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o Confea. Recentemente, Reginaldo venceu o edital Prime – o Primeira Empresa Inovadora, lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através da Finep.

Fonte: Clube Cidade

Carmen Drayer

Pesquisador critica falta de investimentos em tecnologia

domingo, junho 20th, 2010

Correio da Bahia – Aqui Salvador – 27/10/2004
Daniel Freitas

Ele acredita que, à exceção do imperador Dom Pedro II, nenhum outro governante brasileiro demonstrou aptidão tecnológica nem interesse pelo assunto. É por isso que o país é atrasado, em sua opinião. “Há 20 anos, a economia da Coréia do Sul era equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na época. Com investimentos maciços em tecnologia, porém, as riquezas sul-coreanas já ultrapassaram o PIB brasileiro desde 2002. E vale lembrar que a área da Coréia do Sul é correspondente ao estado do Piauí”, afirmou o pesquisador e inventor paraibano Reginaldo Marinho, ao participar, na manhã de ontem, do 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico, que prossegue até hoje no Hotel Pestana, Rio Vermelho.

Reginaldo Marinho sabe do que fala. Seus inventos tecnológicos já lhe renderam a conquista de medalhas de ouro, dois anos atrás, no 28º Salão Internacional de Invenções e Novas Tecnologias de Genebra e no BBC Tomorrow”s World Live – evento promovido pela BBC de Londres para a difusão de tecnologias internacionais. Ele cita o atraso em que o Brasil sempre esteve em relação a outros países, principalmente os europeus. “Enquanto o Brasil ainda era colônia, em 1821, a Inglaterra já investia pesado em tecnologia, financiando Charles Babbage, criador do aparelho considerado o avô do computador”.

Marinho exemplifica que, por seu interesse em tecnologia, Dom Pedro II foi o único dos governantes brasileiros a se destacar nesse aspecto. Foi o imperador que instalou o Observatório Astronômico Nacional e convidou o inventor do telefone, Alexandre Graham Bell, para instalar no Brasil uma das primeiras redes de telefonia do mundo, no Rio de Janeiro. Em sintonia com as tendências mundiais, numa época em que os estudos em ciência e botânica conheciam grandes avanços na Europa, Dom Pedro II criou ainda o Jardim Botânico, também no Rio, entre os séculos XVIII e XIX.

“No reinado do imperador, o Brasil tinha a segunda maior malha ferroviária do mundo, perdendo apenas para a Rússia. Hoje, o que se vê são ferrovias em estado precário”, acrescenta Marinho. Ele salienta a necessidade de o Brasil criar um programa responsável de valorização da tecnologia nacional, confiando no potencial dos pesquisadores do país. Reginaldo Marinho fala com a experiência de quem entrou na universidade aos 17 anos, cursou engenharia, arquitetura, comunicação e sistemas de informação, não se formou em nenhuma dessas áreas e preferiu ser inventor.

Ele conta que a invenção faz parte de sua natureza, pois é motivado pela transformação. “A universidade não me satisfez. Associo os conhecimentos de todas as áreas que cursei em meus inventos e nunca deixei de estudar. Estou sempre me atualizando com as novidades em arquitetura e engenharia”, revela Reginaldo Marinho, que, mesmo sem formação, já foi professor de geometria descritiva na Universidade Federal da Paraíba.

E o que o inventor faz num evento sobre jornalismo? “Sou jornalista. Eu publico uma coluna na internet, no principal portal de notícias sobre ciência e tecnologia da Paraíba”, responde, referindo-se ao site www.wscom.com.br.  Um dos inventos de Reginaldo Marinho, inclusive, está exposto ao público no 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico. É o projeto Construcell, uma maquete de plástico em forma de prismas que simula construções compatíveis para ginásios esportivos, hangares, escolas e armazéns. O produto utilizado no projeto é plástico polietileno terefitalato – o plástico PET, usado nas garrafas de refrigerante.

TV Paraíba

terça-feira, junho 15th, 2010

Parque Tecnológico

TV Tambaú

terça-feira, junho 15th, 2010

Estádios cobertos para a Copa do Mundo 2014

SBPC Fundaj

terça-feira, junho 15th, 2010

55ª Reunião Anual da SBPC – Recife 2003 – Vídeo Fundaj

SBPC

terça-feira, junho 15th, 2010

55ª Reunião Anual da SBPC – Recife 2003

Revista Artestudio nº29

sexta-feira, maio 21st, 2010

http://www.artestudiorevista.com.br/index.php

Contrato Prime

quinta-feira, maio 20th, 2010

Correio da Paraíba – Milenium

quinta-feira, maio 20th, 2010

Jornal do Confea

quinta-feira, maio 20th, 2010