Opção pela mediocridade

“Sozinho não mudarei o mundo,
mas continuarei tentando.”

Reginaldo Marinho

Reginaldo Marinho, em 2010, fez o curso Economia para Jornalistas promovido pelo Instituto de Pesquisa Aplicada – Ipea e pelo Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. Após a palestra do diretor de Inovação do órgão, Marinho questionou a omissão do Estado no descumprimento dos artigos 218 e 219 da Constituição Federal, que responsabiliza o Estado pela promoção dos variados vetores das atividades relacionadas a C&T.

No debate, Marinho mencionou os principais gargalos que atrapalham o desenvolvimento tecnológico nacional: a recusa das agências de fomento do Estado (Finep, BNDES e BNB) em aceitar o patrimônio intelectual como garantia a financiamentos específicos ao setor, desprezando o artigo 5 da lei 9.279 (Lei da Propriedade Industrial), assegura que “Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial”. o prazo que o INPI aplica, de oito a dez anos, para conceder uma patente, quando o Escritório Europeu de Patentes (EPO) concede uma patente em prazo médio de 45,3 meses. A resposta do diretor do Ipea foi surpreendente, afirmando que essa era uma questão cultural.

Muito bem! Sendo cultural, corrigir os efeitos desse descaso é obrigação do Estado. O Ipea representa o Estado, sendo órgão de assessoramento direto do presidente da República. A entrevista do deputado Newton Lima PT/SP à revista Locus/Anprotec sugere uma mudança cultural. Essa é uma discussão de elevada relevância para mudar os parâmetros do desenvolvimento econômico nacional. Se não conseguirmos solucionar essas questões, jamais alcançaremos os índices de crescimento e competitividade da China e de outros países que investem fortemente na consolidação de novas tecnologias.

No Brasil, ainda não se compreende que o desenvolvimento de novas tecnologias endógenas é uma poderosa alavanca para o crescimento econômico. Quando o Programa de Aceleração do Crescimento-PAC foi criado, dentre os 37 itens contemplados, a única referência a tecnologia era apenas sobre importação de softwares. Nenhum deles referia-se a incentivos às tecnologias nacionais.

A grande imprensa nacional ainda não percebeu as perdas econômicas brasileiras causadas pela inexistência de um programa de reconhecimento e divulgação de inventos nacionais. O jornalista Sérgio Ruiz Luz publicou uma matéria, na revista Veja, intitulada “Ganhou e não levou” , cujo texto indica que os prejuízos ultrapassam os econômicos − fere a autoestima nacional −, por falta de uma política pública de apoio e difusão das tecnologias brasileiras. O Estado é absolutamente ausente.

O conhecimento é patrimônio imaterial de uma nação. Não se pode disponibilizar essa riqueza sem que ela seja convertida em tecnologia, através da qual a propriedade intelectual é a ferramenta apropriada para converter ciência em prosperidade para todos. Paga-se um preço elevado quando não se percebe o valor de uma descoberta tecnológica e as oportunidades são perdidas.

Para dar visibilidade a essa atividade estratégica, Marinho propõe a criação em Brasília, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, do Espaço da Invenção Brasileira, uma espetacular vitrine permanente das tecnologias produzidas em todas as universidades e empresas brasileiras, junto com as dos inventores independentes. O deputado federal Marcondes Gadelha já sugeriu a criação desse espaço na tribuna da Câmara dos Deputados, quando Marinho apresentou a conferência “Desafio Tecnológico e Desenvolvimento Econômico” na 5ª Bienal de Arquitetura de Brasília. O equipamento seria instalado no ambiente do Museu Nacional de Ciência e Tecnologia.

O documento mais contundente elaborado pelo governo brasileiro para esse setor é de 1998  ̶  o único diagnóstico da área  ̶  conhecido por Relatório da Inventiva Nacional. Esse relatório apresenta um diagnóstico perverso da realidade brasileira no cenário de C&T. Desde aquela época, até agora, as mudanças foram insuficientes para melhorar o cenário de competitividade.

Para começar, o embaixador Soto Lorenzo, secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do governo Fernando Henrique Cardoso, nas primeiras linhas do relatório, adverte: “O Projeto Inventiva pautou-se estritamente pelas diretrizes do Governo Federal e do Sr. Ministro de Estado, no sentido de que atenda a um objetivo relevante, qual seja, o estímulo à atividade inventiva e inovativa nacional, a um custo tão baixo quanto possível, aproveitando ao máximo, recursos e cooperação potencial de outros órgãos e instituições, assim como do setor privado.”

Como pode uma atividade tão importante, quanto o desenvolvimento de novas tecnologias, ser tratada dessa forma: “a um custo tão baixo quanto possível”? Isso é inaceitável deboche patrocinado pelo Estado.

O diagnóstico não é favorável à Nação. Percebe-se com nitidez o “fator cultural” ofuscando o potencial tecnológico nacional. A baixa conversão do conhecimento gerado nas universidades em patentes – inferior a 1% dos pedidos de privilégio do INPI (pag.78 do Relatório Inventiva − compromete a eficiência acadêmica e suscita dúvidas relacionadas à eficácia dos investimentos do MCT, dissociados do desenvolvimento nacional. O relatório revela que 66% dos pedidos de patente correspondem a inventores independentes, empreendedores sem qualquer apoio governamental. A produção de patentes nos institutos de pesquisa continua inferior a 1% dos pedidos registrados no INPI.

Com os dados publicados pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), selecionamos o Brasil mais quatro países emblemáticos no cenário econômico mundial e as respectivas variações dos depósitos de patentes entre 1985 e 2011.

O Brasil passou de 1.954 depósitos para 4.701 (crescimento de 2,40 vezes); o Japão passou de 274.348287.580 depósitos (crescimento de 1,04 vezes); Estados Unidos variou de 63.348247.775 (crescimento de 3,89 vezes); a Coreia saiu de 2.702138.034 (crescimento de 51,08 vezes) e a China foi de 4.065415.829 (crescimento de 102,29 vezes). Esses números mostram claramente como as economias dessas nações evoluíram no período, com a contribuição tecnológica.

A constatação da precariedade da produção acadêmica brasileira é refletida na entrevista de Marcia McNutt, editora-chefe da revista Science, ao jornalista Herton Escobar do jornal Estado de São Paulo. Marcia McNutt insinua que a ausência de artigos de brasileiros na revista mais importante do mundo científico se deve à falta de ousadia dos pesquisadores brasileiros, que não arriscam novos desafios nos variados campos da ciência.

Ela reconhece que o Brasil nunca ganhou um Nobel por causa desse marasmo científico e declara: “Esse tipo de estratégia não produz grandes resultados científicos; é uma estratégia segura, incremental, que vai avançar a ciência do país pouco a pouco, mas não vai influenciar radicalmente o panorama da ciência num contexto global, porque é muito conservadora, não é ousada.

Brasil é lanterninha na inovação. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, porém o menos inovador, com índice inferior a 10% de negócios inovadores. Esse é o resultado da combinação nefasta da baixa escolaridade da população com a falta de apoio a empreendimentos tecnológicos nascentes.

Fonte: GEM Adult Population Survey (APS)

O Brasil continua sendo um dos países menos inovadores do mundo. Estamos, segundo o novo relatório do GEM, no mesmo nível de Trinidad & Tobago, apenas Bangladesh é menos inovativo do que o Brasil.

Na página 51 da publicação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual-Ompi “Indicadores mundiais da propriedade intelectual” podemos observar que o Brasil não está incluído na coluna dos “países de origem”, os que produzem tecnologia. O nome do Brasil aparece apenas na linha dos importadores de tecnologia, quando sabemos que tecnologias brasileiras encontram dificuldades para serem viabilizadas, inexplicavelmente. Na página 126 verificam-se os pedidos de patente de cada país em 2009, e na página 129 as patentes concedidas.

Recomendamos comparar os pedidos de patente do Brasil, da República da Coreia e da China diante da variação demográfica e do crescimento do PIB de cada país. A China e a República da Coreia, há quarenta anos, eram países pobres e mudaram o rumo de suas economias investindo em Ciência, Tecnologia e Educação, enquanto o Brasil era a 8ª economia do mundo, sempre lastreada por exportações de produtos primários, sem nenhum compromisso com a sustentabilidade, nem com a produção tecnológica própria.

A Coreia que tem um território equivalente a menos da metade do Estado do Piauí, investiu em Educação, Ciência e Tecnologia e transformou a realidade econômica daquele minúsculo país. No início deste século, o PIB da Coreia chegou a ultrapassar o do Brasil. Embora a Coreia tenha perdido posições diante do Brasil, o pib per capita deles é cinco vezes maior do que o nosso.

O principal fator responsável por esse baixo rendimento tecnológico está vinculado à precária escolaridade brasileira, particularmente em matemática, e ao reduzido percentual de formandos em engenharia diante das outras profissões, segundo pesquisas levantadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OCDE.

O déficit de US$ 9 bilhões no balanço de pagamentos tecnológicos, em 2002, já colocava o Brasil numa situação preocupante ao analisarmos o estudo elaborado pela Fapesp, página 41, mas o déficit na balança comercial de alta e média-alta tecnologia já alcança US$ 17,7 bilhões nos três primeiros meses deste ano, sendo o pior dos últimos 22 anos, segundo dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, IEDI.

Entre 2010 e 2011, o Brasil perdeu 32 duas posições na lista de eficiência do Índice Global de Inovação, caiu do 7º lugar para o 39º. Em 2014 desceu para o 71º lugar, em 2015 continuou caindo e já ocupa a 99ª posição entre 141 países no ranking do Índice Global de Inovação.


Folha de São Paulo

O Brasil está menos competitivo no cenário internacional, de acordo com o Índice de Competitividade Mundial 2012. O país caiu duas posições no ranking e ocupa agora o 46º lugar entre as 59 economias pesquisadas.

O índice é desenvolvido pelo IMD (International Institute for Management Development) e analisa dados estatísticos internacionais e nacionais, como PIB, taxa de juros e inflação e uma pesquisa com executivos.

Se essas dificuldades não fossem suficientes, ainda exige-se a comprovação de êxito financeiro, através dos três últimos balanços, para que uma empresa de base tecnológica receba apoio de qualquer agência nacional de fomento tecnológico. Até o Prêmio Finep para novas tecnologias exige o mínimo de três anos de sucesso financeiro da empresa, no ato da inscrição. Ou seja, no Brasil, a startup para ser apoiada pelos programas governamentais vigentes tem que provar por três anos que a sua tecnologia é exitosa, quando esse é o período de maior mortalidade empresarial. A outra saída é apresentar garantias reais.

O único programa de fomento que não exige comprovação de êxito financeiro é o Prime −Primeira Empresa Tecnológica− da Finep, ancorado no Estado pela Fundação Parque Tecnológico da Paraíba. É um investimento não reembolsável cujos recursos são vedados de serem aplicados na tecnologia, contemplando apenas as atividades de consultoria e custeio. Portanto, as empresas nascentes, com patentes depositadas no INPI, detentoras de tecnologias de alta relevância não são atendidas por nenhum programa governamental para desenvolver os seus produtos.

O momento atual de transição política sugere um debate efetivo sobre a responsabilidade do Estado brasileiro como agente indutor ao fomento de novas tecnologias nacionais. Essa atividade gera muita riqueza no mundo inteiro, exceto no Brasil, que se contenta em suportar a economia baseada nas exportações de commodities e produtos agroindustriais. A sociedade brasileira conserva hábitos coloniais e extrativistas, que emperram definitivamente o desenvolvimento pleno de nossa economia, submetendo exigências restritivas às empresas tecnológicas nascentes.

Marinho constituiu a empresa Construcell para participar do edital Prime da Finep e o seu empreendimento foi selecionado em primeiro lugar na classificação, recebendo a nota máxima (dez) em Grau de Inovação.

Marinho criou uma tecnologia baseada em um módulo prismático que associa as funções estruturais e de cobertura em único elemento; o sistema substitui a alvenaria na condição do arco pleno (180º). Este invento incorpora valiosas interfaces ambientais, ao permitir o uso de plástico reciclado na fabricação dos módulos e o uso de placas fotovoltaicas quando os elementos forem transparentes. Construcell é a tecnologia construtiva de maior impacto visual do mundo contemporâneo.

Construcell na Feicon 2011

Esta tecnologia introduz dois novos paradigmas à engenharia. Será a primeira estrutura do mundo em plástico  ̶  juntando-se às de concreto, de madeira e de metal que são as modalidades estruturais conhecidas mundialmente  ̶  e a primeira construção totalmente transparente, sem a intervenção de nenhum material opaco.

Esta invenção se insere entre as políticas mais engajadas na preservação ambiental que resultará em mídia espontânea no mundo inteiro. Ela é um sistema construtivo que pode ser aplicado na construção de escolas, espaços culturais, ginásios esportivos, armazéns para grãos, terminais de cargas e de passageiros, hangares e tantas outras atividades que demandem grandes áreas cobertas sem a intervenção de colunas internas, por tratar-se de um sistema autoportante polidirecional.

A eficiência energética assegurada pelo sistema é garantida em outra condição, quando os módulos forem translúcidos, permitindo através da iluminação zenital a redução do consumo de energia em diversas modalidades de aplicação dessa tecnologia. Um plano de marketing confirma a viabilidade mercadológica dessa tecnologia.

Outras contribuições ambientais referem-se à possibilidade da formulação de compósitos associando o PET a fibras vegetais, como o sisal ou o pó de serra tão abundante nas serrarias amazônicas; a calcita e outros minerais encontrados no Brasil. Construcell poderá reduzir o impacto ambiental causado pelas empresas petrolíferas incorporando, aos compósitos, a bentonita atirada na natureza resultante da perfuração de poços de petróleo.

A proximidade da Copa de 2014 sugere a introdução de novas tecnologias no cenário da engenharia mundial para a construção de estádios de futebol. O uso de uma tecnologia com tais interfaces ambientais, que permite o crescimento biológico do gramado natural, torna-se uma contribuição relevante para solucionar o problema dos campos de futebol em estádios cobertos. Essas condições se encaixam na declaração do ex-presidente Lula, ao afirmar na África do Sul que a Copa de 2014 será ambientalmente sustentável. As características estruturais desse sistema construtivo, conhecido por estruturas articuladas, permitem a absorção de esforços externos e são muito úteis para uso em áreas submetidas a terremotos.

Sobre este invento, várias matérias foram publicadas dentre as quais se destacam a do Correio Braziliense, a do Diário de Pernambuco, Construções celulares do Correio da Paraíba, a do portal do Confea, a do portal do Crea-PB. A Folha do Meio Ambiente e A União publicaram ótimas entrevistas sobre a tecnologia Construcell. A revista Edificar, a revista Artestudio e o jornal Contraponto publicaram ótimas matérias sobre essa tecnologia. O portal Universia publicou uma matéria enfatizando o cenário brasileiro da inovação no universo da construção civil.

Este invento foi premiado com medalhas de ouro em salões europeus de tecnologia: no 28º Salão de Invenções de Genebra e no BBC Tomorrow’s World Live, em 2000. Sobre ele, Marinho fez conferências no Mestrado em Estruturas da Universidade de Brasília, na 5ª Bienal de Arquitetura de Brasília, no 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos, no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Confea, no Crea/PB e na Pós-Graduação em Arquitetura da UnB, que foi incluída no Sistema de Avaliação da Capes (página 6).

A jornalista Eliane Cantanhêde ao publicar um artigo, na Folha de São Paulo, dedicado à primeira medalha de ouro conquistada por Reginaldo Marinho, concluiu assim: “Governo, iniciativa privada e jornalistas, como eu, pecamos pela omissão. Parabéns, Reginaldo Marinho! E mil desculpas para você e os pirados como você.”

Há quase um quarto de século, o jornalismo tradicional se permitia fazer editoriais que criticassem o modelo brasileiro na área tecnológica. Em 09/05/2000, o Jornal do Brasil publicou o editorial Medo de voar, sintetizando a saga de Reginaldo Marinho diante do cenário perverso de boicote ao desenvolvimento tecnológico nacional.

O editorial repercutiu a reportagem publicada no mesmo JB, no domingo anterior, intitulada Um inventor brasileiro para o mundo, sobre a experiência de Marinho na Europa, após receber a sua primeira medalha de ouro em Genebra. A matéria foi publicada com direito a chamada de capa.

O professor Moacyr Costa Ferreira, da Universidade de Guaxupé, incluiu o nome de Reginaldo Marinho em uma relação dos Grandes brasileiros (veja #48) em Ciência e Tecnologia. Marinho foi o único nome citado na sessão da Comissão de Educação do Senado Federal, quando aprovou o Dia Nacional do Inventor. Embora, o texto da matéria revele o desprezo que os senadores têm pelos inventores brasileiros.

A Rede TV fez uma matéria muito boa sobre a participação de Construcell no 14º Salão do Inventor Brasileiro, a TV Globo Nordeste fez ótima reportagem sobre esse invento, em sua apresentação no 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos, a TV Cabo Branco fez uma homenagem no Dia do Inventor.

A TV Correio fez uma matéria na qual o engenheiro Argemiro Brito, consagrado calculista paraibano, compara a inventividade da tecnologia Construcell às obras de Leonardo Da Vinci e do arquiteto italiano Pier Luigi Nervi, que é uma das estrelas da arquitetura estruturalista. Pier Luigi Nervi foi o arquiteto que projetou a belíssima Embaixada da Itália em Brasília.

É do arquiteto Nervi a definição que sintetiza os fundamentos estruturais da arquitetura contemporânea: “As estruturas são a materialização das forças que atuam em um projeto.” A tecnologia Construcell adota esse princípio, as suas vigas são tão delgadas que tangenciam a imaterialidade. A sensação imaterial será mais intensa quando os módulos forem transparentes. É um modelo estrutural que potencializa, através dos esforços distribuídos pela geometria selecionada, o aproveitamento máximo dos recursos naturais.

A trajetória desafiadora de Reginaldo Marinho inicia em 1968, como um autêntico teenager da década de 60, quando foi contratado pela Universidade Federal da Paraíba, UFPB, por notório saber, para lecionar Geometria Descritiva no Colégio Universitário da Paraíba, em substituição ao professor Argemiro Brito. Marinho lamenta que a Geometria Descritiva, disciplina que ilumina a inteligência espacial, tenha sido excluída da grade curricular.

O engenheiro Argemiro Brito, de quem Marinho foi aluno, conhece esse invento desde o início, sendo um grande entusiasta dessa descoberta. O engenheiro Brito é um profissional ousado e desafiador no campo das estruturas, ele é autor do cálculo estrutural da estátua de Santa Rita de Cássia, a maior estátua católica do mundo. É uma estátua com 50 m de altura construída com uma parede de concreto armado de apenas 6 cm de espessura, da base ao topo. O engenheiro Argemiro Brito é o responsável pelo cálculo estrutural do protótipo Construcell.

A Fundação Joaquim Nabuco-Fundaj incluiu um depoimento sobre Construcell no documentário que produziu para a 55ª Reunião Anual da SBPC, realizada na Universidade Federal de Pernambuco, e a TV Universitária fez outra matéria sobre a participação de Marinho no encontro da SBPC. A TV Bahia deu grande destaque à presença de Reginaldo Marinho no 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico.

Durante algum tempo, Marinho alimentou a veleidade de contribuir para reduzir o desprezo governamental pelo desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil, atividade sem a qual perderemos as oportunidades competitivas no mercado mundial contemporâneo.

Outros artigos mais leves foram publicados no portal de arquitetura Vitruvius: O arquiteto global, os desafios de lord Norman Foster, Expo Xangai, Argemiro Brito, o filósofo das estruturas.

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26 Comentârios

  1. Tarciso Cabral disse:

    Marinho,
    Com muita habilidade você aponta algumas das questões cruciais para o desenvolvimento tecnológico brasileiro. A problemática das patentes talvez seja a principal a ser abordada visando uma reforma, mais que necessária e urgente, para o setor. O Brasil merece e tem amplas condições de produzir e vender muito mais do que minérios e grãos.
    Grande abraço,
    Tarciso Cabral
    Prof. Titular – UFPB
    Currículo Lattes

  2. norton seng disse:

    Caro Reginaldo Marinho,

    Conhecedor de sua luta em prol de um Brasil melhor aproveito para parabenizá-lo. E ainda com maior veemência pois sei do brilhantismo de suas ideias, sua engenhosidade, sua capacidade inventiva e habilidade técnica que somadas ao seu elevado grau de determinação, perseverança e dedicação irão levá-lo, por certo, ao pódio onde merecem estar todos aqueles que pensam no coletivo antes de pensar em si mesmos.

    Lamentável que o nosso governo se mantenha míope em não reconhecer o alto valor de nossos inventores, homens e mulheres, que deveriam contar com o, irrestrito, apoio governamental para tornar seus grandes sonhos em realidade e poderem, assim, viabilizar os seus projetos que trariam, por certo, altíssimos dividendos para o nosso país e o nosso povo carente de tudo.

    Continue em sua brava luta e receba, neste momento, os meus elevados cumprimentos e votos de saúde, paz e sucesso.

    Norton Seng

  3. Grande R.M.,

    acompanho há algum tempo (e a uma proximidade privilegiada) sua luta pela valorização da tecnologia como fator incontornável para o desenvolvimento do país, e ainda hoje me mantenho na perplexidade de quem não consegue entender como um projeto inovador como a CONSTRUCELL permanece criminosamente inédito em nossas quadras esportivas, em nossos galpões industriais, em nossos estacionamentos, em nossos hangares, em nossos parques e áreas de recreação etc etc.

    No primeiro mundo, o conceito/produto que você desenvolve estaria sendo disputado a tapa entre megaconglomerados da construção civil e grandes indústrias da área de polímeros. Sua incansável caminhada, para dar produção e escala a suas ideias, seria apenas quixotesca num país tecnologicamente periférico, se não fosse ainda hoje arquitetonicamente visionária e ambientalmente relevante para os dois lados do mundo em que vivemos.
    Meu abraço.
    Láuriston Pinheiro.
    Engenheiro civil

  4. Heitor Cabral disse:

    Caros amigos da Construcell,
    Não é por acaso que, embora sejamos titulares de um PIB que se coloca entre os maiores do mundo, apresentamos alguns dados simplesmente lamentáveis em quase todas as outras matérias, como a educação e de aproveitamento do potencial cultural e tecnológico de nosso povo.

    Somos um pais ainda dominado por uma elite despreparada, quase todos os seus integrantes preocupados apenas com o seu próprio umbigo, e os de seus familiares. A prova disso está na mesquinhez sórdida da grande maioria de nossos politicos e na fragilidade de nossas instituições, praticamente todas elas.

    Nesse sentido, dou razão à autoridade citada, aquela que diz que o nosso problema é cultural.

    Mas a cultura, caros amigos, ela se faz, se controi e reconstroi no dia a dia, mercê da expressão das vontades de cada um de nós, todas somadas.

    Citou-se no texto acima o caso dos coreanos: em 40 anos apenas, fizeram daquela terra devastada pela guerra, de um pais geograficamente pequeno em relação ao nosso, uma sociedade avançada, educada, inovadora.

    E porque nós não avançamos no mesmo sentido?

    Porque falta vontade, um propósito nacional, o qual deve ser expressado primeira e necessariamente por todos aqueles que por acidente chegaram ao comando de órgãos do Poder e não mergulharam nessa geléia geral que domina o nosso ambiente politico e administrativo.

    Dominado ainda pelos vendilhões do Templo de sempre.

    Cordial abraço.
    Heitor Cabral (prof. emérito da UFPB).

  5. Denis Cavalcanti disse:

    Caro Reginaldo,

    Criatividade? Inteligência??!! Não: GENIALIDADE. Esta é a palavra que mais aproximadamente, define esta absolutamente revolucionária estrutura, criada pelo não menos genial Reginaldo Marinho. Com possibilidades nos mais diveros segmentos da engenharia e arquitetura modernas, impressiona à primeira vista.

    Com justificado orgulho parabenizo seu criador, Reginaldo Marinho, a quem tenho o privilégio de chamar de amigo.

    Só espero que não tarde para que os nossos governantes, tenham um mínimo de sensibilidade e inteligência (isso sim!) para enxergarem suas inesgotáveis possibilidades.

    Grande abraço, Reginaldo.

    Denis Cavalcanti
    Artista Plástico

  6. Emerson Jaguaribe disse:

    Caro Reginaldo Marinho,

    Li, com atenção, seus comentários, observações e denúncias bem fundamentadas sobre o tratamento que dão às tecnologias endógenas. Mas, o que se esperar de um País que tem um Instituto Nacional da Propriedade Industrial, INPI, que no momento está julgando solicitações de patentes apresentadas em 2002? Como acreditar no necessário desenvolvimento tecnológico desta Nação, se o mais importante órgão de fomento de pesquisa, o CNPq, ao julgar projetos com viabilidade econômica e de interesse prático, dá pareceres sem a mínima consistência técnica, ou sem estarem pautados no conhecimento científico?

    Parece-me que como já havia anunciado Rui Barbosa, o Brasil só está pronto para abraçar a mediocridade e a ignorância disfarçada de sapiência. É tal o nosso torpor que são pessoas desta estirpe que ocupam posições só concedidas aos letrados, e a homens preocupados com a sociedade como um todo. Estes mesmos indivíduos, são revestidos de títulos honoríficos, ou cargos que só seriam permitidos àqueles de conhecimento, numa outra demonstração de que a inversão de valores faz parte de nosso cotidiano.

    Infelizmente, só uns poucos reclamam, a grande maioria parece estar convenientemente satisfeita!

    Um grande abraço,
    Emerson Jaguaribe
    Professor Titular – Retide – DEM/CT/UFPB
    Currículo Lattes

  7. Caro amigo,

    O Brasil precisa efetivamente decidir o que vai ser quando crescer. Temos capacidade para muita coisa, mas infelizmente nossos políticos sofrem de miopia crônica. Eles não descobriram ainda que a melhor forma de competir no mercado mundial é agregar valor aos nossos produtos de tal forma que os outros não consigam competir, e quiçá nem copiar. Me preocupa muito sermos a sétima economia mundial, batermos record de exportações de pouco valor agregado… estamos vendendo nossas riquezas e muito barato, diga-se de passagem. Ao invés de navios carregados de soja in-natura, seria muito melhor vendermos alimentos a base de soja, com tecnologia de produção de nossa propriedade, você não acha?

    Porém não acredito que a questão deste descaso seja somente cultural… nossa legislação não ajuda e ninguém consegue perceber isso. Basta você olhar que até este momento a FINEP não abriu nenhum edital para financiar empresas inovadoras e nós já estamos em meados de maio. Projetos apresentados agora só receberão os recursos no início do próximo ano, contando com boa dose de sorte. Cada ano perdido neste mundo dinâmico que vivemos, você pode calcular qual é a perda de competitividade e divisas em relação a outros países? Aquilo que hoje é inovação tecnológica de ponta, no próximo ano já será commodities e voltamos a vender produtos de baixo valor agregado.

    Mas não deixe de escrever sobre isso não… você está plantando uma semente, se daqui a 10 anos tivermos uma árvore, sua contribuição terá sido de grande valia. Se tivermos uma floresta, você será imortal.

    Forte abraço

    Luiz Biagio
    Intellecto

  8. João Batista Alves Parente disse:

    Meu caro amigo Reginaldo Marinho!

    Comentar sobre o seu trabalho ou sobre a sua abnegação relativa ao talento de Inventor, acredito que eu não tenha competência, mas fico muito orgulhoso de fazer parte do seu ciclo de amigos e concordo em tudo no que diz respeito às suas indignações relativas ao texto enviado…

    Além de ser nordestino (de Fortaleza-CE) assim como voce também o é (aquí da grande Paraíba), nós brasileiros que pensamos em um futuro melhor para a Vida no Planeta, precisamos cada vez mais de gente da sua magnitude!!! Um forte abraço e mais uma vez parabéns por tudo que escreves como jornalista, pelas suas bonitas fotografias, bem como, é claro, pelas suas interessantes e importantes invenções.

    Do amigo J.B.Parente
    Prof. Adjunto IV
    Departamento de Matemática – CCEN – UFPB

  9. Carlos Aranha disse:

    Caro amigo, acompanho de perto a tua luta. Sou plenamente solidário. Não espanta-me o descaso do governo brasileiro com a ciência e a tecnologia. O que deixa-me apreensivo é o não devido acompanhamento que a imprensa do País faz do assunto. O que foi publicado é muito pouco diante da imensurável importância que o tema requer.

    Enfim, invenção, ciência, tecnologia, são necessidades prioritárias do Brasil, cuja sociedade procura novos rumos enquanto o governo apega-se ao passado (como cantou Belchior, uma roupa que não nos serve mais).

    Continue com seus maravilhosos inventos e sua incessante crença no presente e no futuro.

    Carlos Aranha, jornalista, escritor e co-inventor da contemporaneidade.

  10. Roberto Pimentel disse:

    Prezado Reginaldo,

    Minhas pesquisas na Universidade (pública) são mais relacionadas a processos do que a produtos; mais especificamente, em aspectos relacionados ao aprimoramento de normas/procedimentos. Então não possuo familiaridade com este universo de patentes como parte das minhas atividades.

    Para emitir opinião, creio que o problema esteja na legislação. No que diz respeito à Universidade, é oportuno ver como nos países desenvolvidos (ou emergentes tecnologicamente) é regulamentada a colaboração entre Universidade e setor produtivo, por exemplo. Aí talvez esteja um aspecto da questão a aprimorar, no que diz respeito a incentivar maior participação da Universidade no desenvolvimento de tecnologias patenteáveis.

    Isto naturalmente só ocorrerá se não houver entraves para, por um lado, utilizar a estrutura laboratorial da Universidade para desenvolvimento de produtos para o setor produtivo e, por outro lado, se for assegurada participação financeira para os pesquisadores envolvidos e para o governo, que está investindo (o que fica para o governo é a parcela da sociedade, digamos, tratando-se de Universidades públicas). Isto teria que ser tudo facilitado e ágil, com uma legislação apropriada.

    Está (ou estava) em discussão, por exemplo, um projeto de reforma da atividade docente nas Universidades. Será que é dessa vez?
    At.
    Roberto Pimentel
    Professor do CT/UFPB
    Currículo Lattes

  11. Beth souza disse:

    Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época.Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
    Os homens deviam ler e meditar o trecho do Sermão da Montanha, principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo que não trabalham nem fiam, e no entanto nem Salomão em toda sua glória jamais se vestiu como um deles. Parabéns!! matéria brilhante Reginaldo. E vc não está só” Jesus é contigo. Grande bjos no ♥.

  12. Reginaldo Marinho é um exemplo da inventiva nacional. Suas dificuldades de transformação de uma invenção em realidade de mercado envolvem questões que vão muito além do sistema de patentes que é apenas parte de um processo. Numa sociedade capitalista caberia a empresarios empreeendedores do setor investir em P&D, porem tradicionalmente este investimentos das empresas privadas em novas tecnologias ainda é muito reduzido. O país ainda depende em muito das iniciativas do governo em empresas como Petrobras e Embrapa em alavancar pesquisas em outras empresas contratadas para projetos e assim em criar um ambiente que estimule tais inventimentos. Quanto ao dado de que o escritório europeu de patentes concede patente em dez meses esta informação está incorreta. Na verdade a EPO tem um tempo médio de concessão de 45.3 meses (ver tabela 4 de http://www.trilateral.net/statistics/tsr/2007/TSR.pdf), e em algumas tecnologias este tempo pode chegar a oito anos. O problema de backlog no exame de patentes não é exclusivo do Brasil. Especificamente com relação a patente do Construcel PI9706202-2 o inventor deixou de pagar pagar anuidades o que atrasou o exame. De qualquer forma o exame do INPI teve inicio em 2003, ou seja, seis anos após o deposito e ao final do exame foi indeferida. O indeferimento foi mantido mesmo após o recurso.

  13. Reginaldo Marinho disse:

    Caro Pimentel,

    De fato, a participação das universidades brasileiras no processo de desenvolvimento tecnológico nacional fica bem visível no quadro de pedidos de patentes publicado pelo INPI, com índices inferiores a 1% e os centros de pesquisas recebem muitos recursos públicos. A falta de uma cultura patentária sai das universidades e percorre todos os segmentos da sociedade, alcançando os empresários.

    Entretanto, o que focalizamos é um cenário real onde o Estado brasileiro cria os maiores entraves para fortalecer a geração de novas tecnologias no País, particularmente para as empresas nascentes.

    As coisas parecem que são constituídas para não apresentarem resultados. O programa de cooperação tecnológica CDTI/Finep deste ano foi cancelado. Esse programa existe sob um Acordo Internacional de Cooperação Técnica entre Brasil e Espanha e o motivo do cancelamento, segundo a responsável pela parte brasileira, foi a mudança de presidente da Finep.

    O Prime, Programa Primeira Empresa, da Finep, no qual o meu projeto foi aprovado, ainda não há definição de continuidade, mas corre elevado risco de ser extinto, a Finep exige que uma empresa tenha três anos de sucesso financeiro para poder habilitar-se ao Prêmio Finep e por aí vai…

    Atenciosamente,
    Reginaldo Marinho

  14. Guy Joseph disse:

    Marinho: você sabe o quanto de entusiasmo juntei, desde as merecidas medalhas de ouro de Genebra e Londres. Me incorporei à sua luta e mexi com muitas pedras para chamar a atenção das autoridades (competentes?). Muitas dessas pedras, terminaram por cair em minha própria cabeça.

    A sua luta já tem bastante tempo e já era hora de o Brasil acordar… já estamos em idades avançadas e não temos muito mais tempo para lutar. Por isso, meu amigo, não acredito mais no Brasil! Um País que prefere ver seus talentos, mortos, para poder erguer escrotas estátuas e render cínicas homenagens. A lista dos enjeitados paraibanos é grande: Padre Azevedo, Augusto dos Anjos, Maestro José Siqueira, Machado Bitencourt, só para citar alguns… Esse não é o País que sonhei!

    A coisa é de tal forma kafkniana, no setor de marcas e patentes do INPI, que certa vez, quando dei entrada para o registro de uma marca, fui assediado por dezenas de escritórios de advocacia, todos se dizendo especialistas em marcas e patentes e que poderia agilizar o processo de registro da marca pretendida. Houve, até, escritórios que propunham o pagamento de propinas, para superar as barreiras burocráticas. O registro da marca, quando saiu, a empresa já havia mudado de mãos e eu já não mais pertencia a mesma. Isso aconteceu, há trinta e três anos e de lá pra cá, parece que nada mudou…

    Guy Joseph, Fotógrafo, Designer Gráfico e artista plástico.

  15. Land Seixas disse:

    A visão jornalística de Reginaldo Marinho conduz o nosso olhar para uma realidade absurda, a do descompasso tecnológico brasileiro. O Brasil caminha na contramão da História, enquanto as nações com as suas economias bem sucedidas optaram por investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia, as nossas autoridades ainda atribuem a falta de interesse por tecnologias nacionais à prosaica condição cultural.

    Essa atribuição à questão cultural, como justificativa para negligenciar o apoio às novas tecnologias, oculta o verdadeiro fenômeno avassalador que é a síndrome de nação colonizada, da qual ainda não nos livramos. Esse é o principal bloqueio que impede a evolução tecnológica nacional.

    Os números apresentados nesse texto deixa claro que o Brasil precisa acompanhar o processo de fortalecimento tecnológico já adotado pelos países de economias competitivas, com investimentos irrestritos a novas tecnologias brasileiras.

    Land Seixas
    Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba.

  16. Jairo Mozart disse:

    Prezado amigo antes de mais nada quero lhe agradecer por me deixar ciente do caminho que trilhaste persistentemente durante anos por um país mais sustentavel.
    E também te parabenizo por sua dedicação e sua evolução dentro dos seus objetivos, sei que ainda faltam muitos degraus a serem ultrapassados, mas também sei e por essa razão foi que há alguns anos compus e vivo cantado ( do CD Tempo é Vida ), Um sonho bem sonhado é o futuro do saber ou água quando a gente vai beber.

    Sucesso e muita luz hoje e sempre!
    Sou um guerreiro em defesa dessa causa, conte sempre comigo, atualmente dou cursos / oficinas para professores usando como metodologia a Literatura de Cordel.
    São ações pedagógicas e culturais focadas nos eixos do Patrimônio, Identidade e Ambiente e direcionadas à formação de Civismo e Cidadania.

    Grande Abraço

    Jairo Mozart
    (61) 8152 0111 – 3797 1954

  17. Sônia Bridi disse:

    Marinho,
    Não há solução única para a economia do futuro e para o planeta. Precisamos acordar para a necessidade de incentivo a empresas baseadas em novas tecnologias, tecnologias limpas prioritariamente.
    Um abraço,

    Sônia Bridi

  18. Paulo Laércio Vieira disse:

    A tecnologia criada por Reginaldo Marinho é uma grande contribuição para a Engenharia ao introduzir uma nova modalidade estrutural às três já conhecidas universalmente que são: as de madeira, as de concreto e as metálicas.

    O modelo estrutural, por ele concebido, que conjuga a sinergia do arco-de-compressão e as treliças, será a primeira estrutura a ser construída integralmente em resina plástica, no mundo inteiro, para coberturas autoportantes de grandes dimensões.

    A geometria usada no modelo Construcell assegura elevada estabilidade e segurança conforme a análise estrutural publicada nesta página, realizada pelo professor Argemiro Brito, um dos mais solicitados calculistas do Estado da Paraíba, que se notabilizou pelos cálculos de estruturas complexas e ousadas.

    Engenheiro civil Paulo Laércio Vieira
    Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Paraíba, Crea-PB

  19. Marcela Sitônio disse:

    Ilustre amigo Marinho.

    Sou testemunha da batalha diária em defesa do reconhecimento dos seus “inventos”. Tenho a mais absoluta convicção de que não é uma luta de um só combatente, existem outras frentes que se insurgem contra esse modelo INsustentável de desenvolvimento tecnológico brasileiro.

    Acredito que além dos entraves que impedem o fortalecimento de novas tecnologias, existe o preconceito ainda arraigado contra o que se produz em nosso país, reforçando uma concepção equivocada de que o bom é sempre o que vem de fora. Como bem disse Albert Einstein, “é mais fácil desintegrar um átomo do que quebrar um preconceito”.

    Torço para que a Construcell seja devidamente reconhecida pela sua proposta inovadora e que o Governo brasileiro abra os olhos e enxergue não só em você, mas em tantos outros talentos nacionais, a potencialidade das tecnologias que se apresentam como inovadoras e viáveis.

    Marcela Sitônio.
    Presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API)

  20. Clóvis Cavalcanti disse:

    Reginaldo, só agora pude ler com cuidado a matéria. Impressiona o valor desse invento, de que tenho conhecimento há algum tempo. Se pelo menos algum visionário na gestão pública (há algum?) adotasse o design em alguma obra pioneira… Vamos torcer para isso. Abraços,

    Clóvis Cavalcanti
    Economista/ambientalista
    Fundação Joaquim Nabuco

  21. Marcos Túlio de Melo disse:

    Investir e incentivar a inovação tecnológica é uma das formas mais eficientes para tornar um país cada vez mais competitivo, por isso sempre vejo com muita satisfação iniciativas dessa natureza.

    A nova solução técnica descoberta por Reginaldo Marinho pode se consolidar num futuro próximo, permitindo assim que usemos um método construtivo inovador e alinhado aos compromissos ambientais já assumidos pelo Brasil.

    Marcos Túlio de Melo
    Presidente do Confea

  22. Rômulo Araújo disse:

    Caro Reginaldo,

    Após muitos anos e desencontros, afinal reencontrei você. Naturalmente, que sua brilhante inteligência, por mim admirada desde sempre, continua fulgurante. Mas, o que me deixa bastante satisfeito é ver que a garra, a pertinácia e a capacidade de sonhar não abandonaram você. Sua luta, embora pareça a de Davi contra Golias, não é inglória. Há esperança! Comungo com você do entendimento de que sem desenvolver novas tecnologias o Brasil não alcançará a maturidade e se credenciará como a potência mundial que quer ser.

    Rômulo Araújo Lima
    Pró-Reitor de Integração e Desenvolvimento Estadual
    Universidade Estadual da Paraíba

  23. Fernando Paixao disse:

    Reginaldo,

    Para mim, o seu produto deslancha quando você tiver uma utilização concreta. Uma boa sugestão é a de uma obra pública colocada acima

    Boa sorte
    Fernando

  24. A contribuição de Reginaldo Marinho se manifesta em duas vertentes. No âmbito jornalístico, ele exibe um rico painel com informações valiosas que apontam para a fragilidade das políticas públicas, ou a ausência delas, relacionadas com o fundamental veio do desenvolvimento econômico pela via tecnológica. O lúcido raciocínio apresentado por Marinho evidencia que a imprensa brasileira está em débito com esse precioso tema, o qual poderia contribuir fortemente para a competitividade da economia brasileira.

    Por outro lado, reverenciamos o seu esforço pessoal para fazer ver às autoridades responsáveis pela consolidação dos fatores econômicos, que os investimentos em tecnologias nacionais, como a que ele criou, poderão acelerar positivamente os índices de desenvolvimento e conduzir o País a uma condição mais poderosa do que a de fornecedor de commodities para o mercado mundial.

    Celso Schröder

    Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj

  25. jader disse:

    pode me mandar esse site para la?
    obrigado

  26. Ilka Cristina disse:

    Rômulo disse tudo: ” Comungo com você do entendimento de que sem desenvolver novas tecnologias o Brasil não alcançará a maturidade e se credenciará como a potência mundial que quer ser.”